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  • Foto do escritorArthur Vieira

Turismo virtual é nova maneira de viajar

Devido à pandemia de covid-19, as companhias aéreas e empresas de turismo tiveram que adiar pacotes e até fechar as portas física. Contudo, mesmo em isolamento, há uma forma de conhecer novos lugares ao redor do país, o turismo virtual. Em território nacional há alguns representantes do ramo que disponibilizam roteiros de viagem on-line e passeios por videoconferência em decorrência da crise econômica que se alastrou em todo o mundo. A ideia também pode motivar outras empresas a promoverem passeios virtuais, o que proporcionará novas experiências e de forma mais saudável e segura.


A Turismo Virtual no Brasil foi criada e desenvolvida pelo guia turístico Carlos Eduardo Bueno (ou Kadu, como é conhecido). Ele disse que a necessidade surgiu justamente por conta da ausência de trabalho que tinham, e o ócio gerado pela suspensão do contrato motivou ele e seu sócio, o guia Marco Antônio Duarte Viggiani a levantar o portal e começar os roteiros no Rio de Janeiro em meados de abril. “Não foi fácil, começamos sem nenhum apoio, tudo na persistência, mas graças a isso conseguimos levar o projeto a frente” disse Kadu sobre a criação da plataforma.


Segundo ele, o sucesso dessa forma alternativa de passeios turísticos continuará se mantendo mesmo após a pandemia, “para mim é uma certeza essa nova forma se consolidar no mercado, hoje em dia todo mundo consegue acessar um site e atender uma vídeo-chamada, várias empresas usam esse modelo e irão continuar usando nos próximos anos”, afirmou o criador do projeto. Em cerca de dois meses, por conta da alta demanda e das avaliações positivas de seus primeiros clientes, a plataforma já é um sucesso na área do turismo brasileiro, e Kadu cogita até levá-la até o exterior. “A gente se sente gratificado por ter tornado essa ideia uma realidade, por conseguir proporcionar essa experiência para milhares de brasileiros” disse também.


Já a outra empresa que investiu no ramo foi a GoPasseios, lançada em janeiro de 2020 por quatro amigos engenheiros que desejavam melhorar a experiência dos viajantes de todo o Brasil com uma maneira inovadora de turismo. Alexandre Magno, primeiro pensador do projeto e atual CEO da empresa, teve a ideia quando resolveu sair de seu emprego para viajar pelo mundo, foi das experiências passadas com diversas agências que ofereciam os pacotes de viagens que se surgiu as primeiras ideias. “Nosso propósito era o de ligar os guias às pessoas, tornar essa conexão cada vez mais possível”, afirmou o empresário. Embora o projeto tenha se iniciado em 2018, foi em 2020 que ele se tornou realidade, com a proposta de oferecer viagens presenciais. Contudo, dois meses depois veio a pandemia, diminuindo drasticamente a demanda pelos mesmos.


Porém, assim como a Turismo Virtual no Brasil, a GoPasseios se adaptou à situação e investiu no turismo virtual também. Segundo ele, o projeto já tinha a ideia de inovar o turismo de forma geral, e afirmou que a pandemia de certa forma ajudou-lhes a tornar isso possível.


Alexandre também comentou como a proposta inovadora da empresa pode influenciar outras a seguirem por esse caminho, assim como Kadu; mas diferente dele, o CEO da GoPasseios afirmou que o turismo virtual não será algo totalmente consolidado, “depois de tanto tempo reclusas, as pessoas vão querer retornar às viagens presenciais, é delas que elas sentem saudade, o turismo virtual vai ser algo momentâneo, não acho que irá continuar forte tal como está hoje”. Além disso, ele comentou também das perdas que outros ramos de serviço sofrem com a crise no turismo, como a alimentação, transporte e serviços hoteleiros em geral, mas que essa nova forma de turismo pode ajudar e muito para a reparação dos prejuízos financeiros causados pela pandemia.


Por meio de um depoimento da Organização Mundial do Turismo (OMT) publicado na última terça-feira (25), a ONU pediu apoio ao setor do turismo, uma vez que se vê atualmente numa intensa crise que possui desdobramentos além do âmbito econômico, uma dessas medidas é justamente o incentivo ao uso de tecnologias para sua recuperação no cenário mundial. Com o advento das agências virtuais, pode-se dizer que o Brasil antecipou essas medidas, aumentando as chances de uma reestruturação mais rápida e sólida.


Por Arthur Vieira

Publicada em 09/09/2020 pela Agência de Notícias Ceub

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